O dia 18 de maio é o dia da Luta Antimanicomial e, engajados em derrubar o preconceito que ronda o tema, na busca de tratar pessoas portadoras de transtorno mentais com mais inclusão social e, sobretudo, chamar a atenção da sociedade para essa questão, o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de Soledade realizou uma caminhada, na manhã desta segunda-feira (20). Contando com a participação de diversos moradores e também de usuários do CAPS, além de familiares e profissionais de saúde, a ação ganhou as ruas da cidade, saindo e voltando para a sede do CAPS.Segundo a coordenadora do CAPS, Taciana Primo, a caminhada atingiu seu objetivo, tendo em vista que durante a ação quem não conhecia de perto os pacientes em atendimento no CAPS passou a vê-los de forma diferente. "Foi muito bonita a ação e a interação das pessoas. Durante o percurso, vi gente chegar e dizer que não sabia que esses pacientes poderiam fazer o que fazem, que é interagir, dar resposta ao que se demanda, assim como todo ser humano", disse a coordenadora.Ela explicou que o Movimento da Luta Antimanicomial se caracteriza justamente pela luta pelos direitos das pessoas com sofrimento mental e dentro desta luta está o combate à ideia de que se deve isolar a pessoa com algum transtorno mental em nome de tratamentos ou preconceitos que cercam a doença. "O Movimento serve para nos lembrar que todo cidadão tem o direito à liberdade, o direito a viver em sociedade e isso nos leva a falar de inclusão, de quebra de preconceito. As pessoas precisam ver que eles são capazes e não merecem essa discriminação", argumentou Taciana.Hoje, dos 20 usuários em média atendidos ao dia no CAPS de Soledade, a maioria são portadores de Ansiedade Grave e Depressão. Alguns possuem esquizofrenia e outros transtorno da bipolaridade. E o trabalho que é feito no local é de extrema importância para a vida saudável dessas pessoas, como Taciana, citou através de exemplos. "Temos uma pessoa que ela era internada quatro a cinco vezes no ano. Quando saiu do isolamento e veio para o CAPS, já está há oito anos sem ser internada. Isso é uma alegria para gente. De pouco em pouco, nós conseguimos muito. Agradeço a Deus quando vejo esses resultados. E sempre tem. A gente que está lá com eles vê isso todos os dias", conta ela.A caminhada teve início no CAPS, passou pela Prefeitura de Soledade, seguiu para o Mercado Público, Clube Recreativo, Banco do Brasil, até a Praça Central, tendo, o grupo voltado para o CAPS.Marco legalAssim como o processo do Movimento da Reforma Sanitária, que resultou na garantia constitucional da saúde como direito de todos e dever do estado através da criação do Sistema Único de Saúde, o Movimento da Reforma Psiquiátrica, iniciado lá na década de 70, resultou na aprovação da Lei 10.216/2001, que trata da proteção dos direitos das pessoas com transtornos mentais e redireciona o modelo de assistência. Este marco legal estabelece a responsabilidade do Estado no desenvolvimento da política de saúde mental no Brasil, através do fechamento de hospitais psiquiátricos, abertura de novos serviços comunitários e participação social no acompanhamento de sua implementação.[gallery ids="3631,3632,3633,3634,3635,3636,3637,3638,3639,3640,3641,3642"]
O dia 18 de maio é o dia da Luta Antimanicomial e, engajados em derrubar o preconceito que ronda o tema, na busca de tratar pessoas portadoras de transtorno mentais com mais inclusão social e, sobretudo, chamar a atenção da sociedade para essa questão, o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de Soledade realizou uma caminhada, na manhã desta segunda-feira (20). Contando com a participação de diversos moradores e também de usuários do CAPS, além de familiares e profissionais de saúde, a ação ganhou as ruas da cidade, saindo e voltando para a sede do CAPS.
Segundo a coordenadora do CAPS, Taciana Primo, a caminhada atingiu seu objetivo, tendo em vista que durante a ação quem não conhecia de perto os pacientes em atendimento no CAPS passou a vê-los de forma diferente. "Foi muito bonita a ação e a interação das pessoas. Durante o percurso, vi gente chegar e dizer que não sabia que esses pacientes poderiam fazer o que fazem, que é interagir, dar resposta ao que se demanda, assim como todo ser humano", disse a coordenadora.
Ela explicou que o Movimento da Luta Antimanicomial se caracteriza justamente pela luta pelos direitos das pessoas com sofrimento mental e dentro desta luta está o combate à ideia de que se deve isolar a pessoa com algum transtorno mental em nome de tratamentos ou preconceitos que cercam a doença. "O Movimento serve para nos lembrar que todo cidadão tem o direito à liberdade, o direito a viver em sociedade e isso nos leva a falar de inclusão, de quebra de preconceito. As pessoas precisam ver que eles são capazes e não merecem essa discriminação", argumentou Taciana.
Hoje, dos 20 usuários em média atendidos ao dia no CAPS de Soledade, a maioria são portadores de Ansiedade Grave e Depressão. Alguns possuem esquizofrenia e outros transtorno da bipolaridade. E o trabalho que é feito no local é de extrema importância para a vida saudável dessas pessoas, como Taciana, citou através de exemplos. "Temos uma pessoa que ela era internada quatro a cinco vezes no ano. Quando saiu do isolamento e veio para o CAPS, já está há oito anos sem ser internada. Isso é uma alegria para gente. De pouco em pouco, nós conseguimos muito. Agradeço a Deus quando vejo esses resultados. E sempre tem. A gente que está lá com eles vê isso todos os dias", conta ela.
A caminhada teve início no CAPS, passou pela Prefeitura de Soledade, seguiu para o Mercado Público, Clube Recreativo, Banco do Brasil, até a Praça Central, tendo, o grupo voltado para o CAPS.
Marco legal
Assim como o processo do Movimento da Reforma Sanitária, que resultou na garantia constitucional da saúde como direito de todos e dever do estado através da criação do Sistema Único de Saúde, o Movimento da Reforma Psiquiátrica, iniciado lá na década de 70, resultou na aprovação da Lei 10.216/2001, que trata da proteção dos direitos das pessoas com transtornos mentais e redireciona o modelo de assistência. Este marco legal estabelece a responsabilidade do Estado no desenvolvimento da política de saúde mental no Brasil, através do fechamento de hospitais psiquiátricos, abertura de novos serviços comunitários e participação social no acompanhamento de sua implementação.
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